Hoje nossa reflexão é sobre crenças.
Definição pela Wikipedia: “Crença é o estado psicológico em que um indivíduo adota e se detém a uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada ou convicção. “
Verdades, opiniões e convicções: alguns possuem mais, outros menos. Mas todos as temos. E onde isso tudo “vive” dentro de nós? Na mente.
E como essa mente se expressa? Por meio da personalidade, que é a consciência condicionada pelos conceitos que trazemos em nosso sistema de “corpo-mente-espírito”.
Compreendo crenças como uma espécie de lentes pelas quais aprendemos a sentir a vida. Permeia o que entendemos como sabores, sons, cheiros, visão, atenção, conhecimentos, toque… tudo. Assim como fazemos com óculos (que uso desde meus 15 anos, aliás!), de tempos em tempos, somos chamados a fazer uma espécie de manutenção nelas.
Mas, como estamos sempre atarefados, atrasados e “na correria”, não nos damos conta deste movimento sutil. É tão fácil nos distrairmos.
E se por um instante pudermos calar o “e se…”, “porque…”, e o “mas se…” de nossas mentes?
Quem você seria se conseguisse calar estas vozes?
Simplicidade. Silêncio. União. Amor. Paciência. Vamos continuar firmes nesse propósito?
Compartilho a seguir mais um trecho do livro condutor deste trabalho, para nossa reflexão.
Boa leitura!
Com amor,
Lyzi
Domesticação e o sonho do planeta
“O sistema de crenças é como o Livro da Lei que regula nossa mente. Tudo que estiver escrito nele é nossa verdade inquestionável. Baseamos nossos julgamentos segundo suas páginas, ainda que esses julgamentos e opiniões sejam contrários à nossa própria natureza.
Existe algo em nossa mente que julga a tudo e a todos, incluindo o tempo, o cão, o gato… tudo. O Juiz Interno usa o que está escrito no Livro da Lei para julgar o que fazemos e o que não fazemos, o que pensamos ou deixamos de pensar, além do que sentimos e deixamos de sentir.
Tudo vive sob a tirania desse Juiz. Todas as vezes que fazemos algumas coisas que vai contra o Livro da Lei, ele diz que somos culpados, que precisamos ser punidos e que deveríamos nos envergonhar. Isso acontece muitas vezes, dia após dia, ao longo de todos os anos que vivemos.
Existe outra parte de nós que recebe os julgamentos: chama-se Vítima. A Vítima carrega a culpa, a responsabilidade e a vergonha. E também a parte de nós que lamenta: ‘Coitado de mim, não sou bom o bastante, não sou inteligente o suficiente, não sou atraente, nem digno de amor, pobre de mim’. O grande Juiz concorda e diz: ‘Sim, você não é bom o suficiente’.
Tudo isso é baseado num sistema de crenças que não chegamos a escolher. Essas crenças são tão fortes que, mesmo anos mais tarde, depois que fomos expostos a novos conceitos e tentamos tomar nossas próprias decisões, descobrimos que elas ainda controlam nossas vidas.”
Fonte: Os Quatro Compromissos, por Don Miguel Ruiz