Hoje nossa reflexão é sobre bondade.
Do latim BONUS e BONĪTAS, significa a qualidade de quem tem alma nobre e generosa, e é naturalmente inclinado a fazer o bem.
Estudos recentes descobriram que ao testemunharmos atos de bondade, nos sentimos inclinados a repetir a mesma atitude. O nome dado para este fenômeno por alguns pesquisadores é “elevação moral”.
Ou seja: a gentileza dos outros, nos torna mais gentis. Se cada um fizer a sua parte, estes efeitos podem se espalhar. Um verdadeiro contágio de bondade 💜
Como me sinto quando recebo um ato de bondade de alguém? O que nutre minha bondade? O que nutre a bondade em outros?
Perceba que não estamos refletindo sobre bem ou mal, apenas sobre bondade. Ao pensarmos em bem ou mal nosso juiz interno imediatamente se exalta. Isso porque ainda trazemos crenças muito profundas sobre o sentido dessas palavras em nosso DNA, vindas de outras existências.
Por ora, vamos deixar isso quietinho aí… Acolha. Conforme você se aprofunda na caminhada do autoconhecimento, o senso de dualidade começará a receber outro sentido.
Vamos devagar, sem pressa. Internalize o que for possível neste momento, e seguimos em frente.
A seguir, compartilho um conto para ajudar em nossas reflexões.
Boa leitura!
Com amor,
Lyzi
BOM CORAÇÃO
No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada Confiando na Alegria.
Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo.
Saiu então pedindo esmolas, mas, no fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha. Levou a moedinha ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo, mas o vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada.
Entretanto, quando soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-lhe o óleo que queria.
A mendiga foi para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido: — Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas, com esta oferenda, possa eu no futuro ser abençoada com a Lâmpada da Sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimentos e levá-los à Iluminação.
Durante a noite, o óleo de todas as lâmpadas havia acabado. Mas a lâmpada da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana — o discípulo do Buda — chegou para recolher as lâmpadas.
Ao ver aquela única lâmpada ainda brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou: ‘Não há razão para que essa lâmpada continue ainda queimando durante o dia’, e tentou apagar a chama com os dedos, mas foi inútil. Tentou abafá-la com suas vestes, mas ela ainda ardia.
O Buda, que o observava há algum tempo, disse: — Maudgalyayana: você quer apagar essa lâmpada? Não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí, que dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim não adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir esta chama.
— Por que não? — Perguntou o discípulo de Buda.
— Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coração e de mente. Essa motivação produziu um enorme benefício.
Quando o Buda terminou de falar, a mendiga se aproximou e ele profetizou que no futuro ela se tornaria um Perfeito Buda e seria conhecido como Luz da Lâmpada. Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou má, influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação, por mais simples que seja, se feita com coração, produz benefícios na vida das pessoas.
Fonte: Autor desconhecido.