Parar: O que vem à mente quando você para?

Hoje nossa reflexão é sobre parar.

Uma arte que nem sempre nos foi apresentada ao longo da vida como algo importante, valorizado ou até mesmo possível. Pergunte a três pessoas o que elas entendem por esse aspecto, e você perceberá respostas muito diferentes.

P AR AR

Uma palavra tão pequena, que traz em si duas vezes, o Ar. Interessante, né?

Se não conseguimos parar, os novos insights também ficam represados.

Seguimos repetindo velhos hábitos e padrões, apenas “reciclando” velhas mensagens por meio de roupagens novas.

O que vem à mente quando você para? Que sensações, emoções e pensamentos essa atitude lhe traz?

Dizemos a nós mesmos “Desta vez será diferente”. Mas em que vezes você realmente conseguiu fazer algo diferente por livre escolha? O que foi necessário acontecer antes da sua última mudança real de atitude ou comportamento?

Precisamos reconhecer e aceitar o que há em nós. O momento pede estabilidade, para que não sejamos arremessados como ondas de um lado para outro dentro de uma tempestade. A calma vem (ou deveria vir!) quando aceitamos parar. Mas nem sempre aceitamos. Lutamos. Sofremos. Muitas pessoas adoecem apenas quando param (em períodos de férias, por exemplo).

Dê uma chance ao seu corpo-mente-espírito. Escute. Silencie. Se ame. Firme o propósito de ser você mesmo.

Compartilho a seguir um trecho de um livro que traz um conto sobre este tema, para nossa reflexão.

Boa leitura!

Com amor,
Lyzi

Um homem e seu cavalo

“Nos círculos zen, conta-se uma estória sobre um homem e seu cavalo. O cavalo está galopando velozmente, dando a impressão de que o homem montado nele está indo a algum lugar importante.

Outro homem, em pé parado no acostamento da estrada, grita: ‘Para onde você está indo?’ E o primeiro homem responde: ‘Sei não. Pergunte ao cavalo.’

Esta estória também é nossa. Estamos cavalgando, sem saber para onde estamos indo, e não conseguimos frear o cavalo. O cavalo representa a energia do nosso hábito nos puxando enquanto formos impotentes.

Estamos sempre correndo, e isso se tornou um hábito. Lutamos o tempo todo, mesmo durante o sono. Estamos em guerra dentro de nós, e podemos facilmente começar uma guerra com os outros.”

Fonte: A essência dos ensinamentos de Buda, por Thich Nhat Hanh.

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