Hoje nossa reflexão é sobre distração.
Do latim distractīo, significa falta de concentração dos sentidos no que se passa à volta, separação, desunião, afastamento, desvio, desatenção, entretenimento e lazer.
Nesse momento, temos uma grande oportunidade de avançarmos no autoconhecimento. Então por um instante, pare e reflita: Quantas coisas já quiseram tomar a sua atenção somente neste minuto, enquanto você lê esse texto?
Será que você consegue chegar até o final sem ser interrompidx?
São muitas e muitas vozes disputando nossa energia e atenção, diariamente. Algumas internas, outras externas… O que já se sabe é que são muitas, e que cada pessoa responde de modo diferente aos estímulos que recebe.
Somos seres multitarefas, o que nos torna especiais por um lado, mas também “mecânicos” por outro. Queremos aproveitar todo o tempo disponível, mas nesse percurso podemos criar tanto hábitos positivos como também muito nocivos para nós.
Você conhece as principais distrações que costumam permear o seu dia a dia? Que tal observá-las no dia de hoje?
Exemplos: ”soneca” no despertador por várias vezes; buscar e validar informações em muitas fontes diferentes (como se sempre houvesse algo que não está certo, na busca pela verdade eterna); comprar coisas que já se tem; manter a lista de coisas a fazer intocada (afinal se ela deixar de existir, o que eu tenho mesmo que fazer?); reclamar em voz alta, sem intenção de agir; comer apenas por tédio; entre outras.
Podemos manter uma relação saudável com o entretenimento, utilizando-o como uma fonte de aprendizado ou até mesmo de relaxamento. Porém, ao escolhermos nos manter em constante estado de distração, estamos fugindo de algo, e nos distanciamos cada vez mais do nosso verdadeiro Ser.
Fuja das armadilhas. Integre e fortaleça cada vez mais seu corpo-mente-espírito. Uma só voz. Uma direção.
Compartilho a seguir um conto para refletirmos sobre este tema.
Boas reflexões.
Com amor,
Lyzi
Impermanência
Um famoso mestre espiritual aproximou-se do Portal principal do palácio do Rei. Nenhum dos guardas tentou pará-lo, constrangidos, enquanto ele entrou e dirigiu-se aonde o Rei em pessoa estava solenemente sentado, em seu trono.
“O que vós desejais?” perguntou o Monarca, imediatamente reconhecendo o visitante.
“Eu gostaria de um lugar para dormir aqui nesta hospedaria,” replicou o professor.
“Mas aqui não é uma hospedaria, bom homem,” disse o Rei, divertido, “Este é o meu palácio.“
“Posso lhe perguntar a quem pertenceu este palácio antes de vós?” perguntou o mestre.
“Meu pai. Ele está morto.“
“E a quem pertenceu antes dele?“
“Meu avô,” disse o Rei já bastante intrigado, “Mas ele também está morto.“
“Sendo este um lugar onde pessoas vivem por um curto espaço de tempo e então partem, vós me dizeis que tal lugar NÃO É uma hospedaria? “
Fonte: Autor Desconhecido