Precisamos falar sobre limites

“Você é responsável por criar a sua realidade”
“Sucesso é você ser tudo que pode ser”
“Crescer dói”

Essas são algumas expressões comuns que encontramos em livros, mídias ou redes sociais.
Mas, que impacto elas efetivamente nos trazem?

Cresci em um ambiente em que “se superar”, tanto no sentido material como emocional, era uma necessidade. Parecia que quando se chegava em um ponto, imediatamente já se apresentava o próximo desafio, se não antes até. Havia pouco espaço para celebrar conquistas, mesmo aquelas que havíamos lutado muito.

Se esforçou pra comprar a casa? Agora tem que se esforçar pra pagar, pra manter ela limpa, pra mobiliar, pra manter comida na mesa. Te vira. Te esforça mais. E assim, por muito tempo, acreditei que a vida era uma eterna jornada de exigência.

Compreendo que há um lado bom que essas experiências me ensinaram, mas elas também construíram um lado sombrio do mesmo tamanho dentro de mim. E isso não é algo do qual preciso me livrar. É a minha história.

Será que todo mundo é responsável mesmo pela realidade em que vive?
Pra mim, é aqui que entram limites.

Mesmo sendo muito “esforçada”, hoje eu sei que tem coisas que não estão ao meu alcance, e que não posso mudar. E isso não significa que estou em uma “zona de conforto”, que não estou criando a minha realidade, blá, blá, blá 🤯🤬

Eu acho que isso acontece porque existem muitas outras pessoas comigo no mundo, cada uma com um papel, um valor, uma história.

Hoje eu sei que a gente não vai conseguir tudo o que quer, mesmo se esforçando muito. Vai dar ruim em algum ponto, mesmo que eu tenha dado o meu melhor, pois o outro sempre tem a sua liberdade de escolha. Lidar com a frustração é parte da jornada da vida.

Existe diferença entre quem aprendeu a lidar com frustrações, e quem só quer pular para a próxima fase. Suas histórias são diferentes. Os resultados falam por si.

Há coisas que a gente não consegue simplesmente porque, lá no fundo, não quer mesmo (mas não dá o braço a torcer, ou não tem consciência ainda, tá tudo bem!). E outras que, mesmo querendo muito, não iremos conseguir, porque estão além do nosso controle.

E você, como lida com isso?